Episódio 1 — Por que a Inclusão Começa no UX Design?

Série: Acessibilidade no Mundo Corporativo — UX e Inclusão com Foco em Libras

Você já parou para pensar em quem está ficando de fora quando sua empresa lança um site, um app ou um vídeo institucional?
Será que seus colaboradores, parceiros ou clientes surdos conseguem compreender plenamente esse conteúdo?
Ou será que a experiência de navegação acessível ainda é um luxo reservado a poucos?

No universo corporativo, falar de inovação e transformação digital sem falar de inclusão é como construir prédios modernos sem rampas de acesso: você investe em design, mas ignora o essencial — as pessoas.

👩‍💻 O que é UX Design e por que ele importa tanto na acessibilidade?

UX Design (User Experience Design) é a área que se preocupa com a forma como o usuário interage com produtos e serviços digitais.
Mas… o que é uma “boa experiência”? Para quem ela é boa? Para todos?

Um UX eficaz vai além da estética. Ele garante que qualquer pessoa, independentemente de suas limitações, consiga navegar, compreender e interagir com seu conteúdo.
Isso inclui:

• Pessoas com deficiência auditiva (usuários da Libras);

• Pessoas com deficiência visual ou baixa visão;

• Pessoas com deficiências motoras ou cognitivas;

• Idosos, neurodivergentes e outros grupos que muitas vezes são ignorados.

A acessibilidade não é um “extra”. Ela é parte do coração do bom design.

🤔 Por que a inclusão começa no projeto — e não na adaptação?

Você já tentou “corrigir” um projeto pronto para que ele ficasse acessível?
Incluir a janela de Libras depois da edição final do vídeo?
Aumentar o contraste só depois de receber críticas de usuários?

Essas ações são importantes, mas tardias.
A inclusão real acontece antes mesmo da primeira linha de código ou do primeiro rascunho de layout.

📊 O impacto real da acessibilidade digital nas empresas

❌ Ignorar a acessibilidade pode gerar:

• Reclamações formais e ações judiciais, conforme a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015);
  
  

• Perda de oportunidades de negócios com o setor público e privado;

• Queda no engajamento e abandono de sites e plataformas;

• Dificuldades na contratação e retenção de talentos com deficiência;

• Uma imagem institucional desalinhada com os princípios ESG e de responsabilidade social.
  
  

✅ Por outro lado, investir em UX acessível:

• Amplia o alcance da marca e a fidelização de clientes;

• Melhora o posicionamento em buscadores (acessibilidade também impacta SEO!);

• Garante conformidade com diretrizes internacionais, como as WCAG (Web Content Accessibility Guidelines);

• Demonstra compromisso com a diversidade, inclusão e inovação social.
  
  

🧩 Perguntas que todo time de UX deveria se fazer

A inclusão precisa fazer parte da jornada de criação. Veja algumas perguntas essenciais que devem guiar o processo:

• Como esse conteúdo será compreendido por alguém surdo?

• Há tradução em Libras nos vídeos institucionais e educacionais?

• Esse site funciona bem com leitores de tela?

• A navegação pode ser feita apenas com teclado ou comandos de voz?

• O contraste, as cores e a hierarquia visual são acessíveis?

• Os textos estão claros, diretos e sem jargões?

• As interações exigem respostas rápidas ou oferecem tempo para todos?

Cada resposta a essas perguntas pode definir se sua plataforma será inclusiva ou excludente.

💬 Libras: a língua que não pode ser esquecida

Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua materna de muitos surdos no Brasil.
Ela possui estrutura gramatical própria e não é uma mera “versão visual do português”.

Só as legendas não bastam.
Incluir tradução para Libras nos conteúdos corporativos — como vídeos institucionais, treinamentos, anúncios e apresentações — é garantir que pessoas surdas tenham autonomia para consumir e interagir com o conteúdo.

Se você deseja comunicar para todos, a Libras precisa estar na sua estratégia de comunicação digital.

🧠 Um novo olhar sobre acessibilidade no UX

É fundamental compreender que acessibilidade não é um departamento isolado, mas uma mentalidade corporativa.

As empresas mais inovadoras do mundo estão à frente não apenas por usarem tecnologia de ponta, mas por projetarem para todos os públicos desde o início.

A inclusão não é um custo. É um investimento estratégico, e um diferencial competitivo cada vez mais valorizado por clientes, colaboradores e investidores.

🙋‍♂️ Quer dar o primeiro passo?

O Portal Libras pode ajudar sua empresa a desenvolver soluções acessíveis e inclusivas em seus canais digitais.

Fale com Normando, especialista em Educação Acessível, Tradutor Intérprete de Libras e CEO do Portal Libras, e descubra como transformar a experiência digital da sua organização.

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